Letras que se vão escapando da prisão dos meus pensamentos e vão formando palavras no écran...sentidas...vividas, à espera de serem partilhadas...também sentidas!Talvez vividas...
Tuesday, November 13, 2012
Friday, September 28, 2012
Tuesday, August 21, 2012
Wednesday, August 08, 2012
Um primeiro contato entre culturas...fascinante mas ao mesmo tempo será bom para eles? Polémico não?
http://www.youtube.com/watch?v=_cYC7BJ0Zc8&feature=colike
Tuesday, August 07, 2012
Thursday, August 02, 2012
Wednesday, August 01, 2012
Foi criada a
PCI-Associação Portuguesa para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial!
No passado dia 28 de Julho, na Sociedade de Geografia de Lisboa, ocorreu a Assembleia Geral Inaugural da recente constituída Associação, momento em que os sócios fundadores elegeram os repectivos Corpos Sociais
Sob a Presidência do Prof. Doutor Luis Marques, com a criação desta Associação esperamos que o nosso propósito seja levado a bom termo e que possamos contribuir para a valorização de um Património riquíssimo, quantas vezes escondido e subestimado!
A PCI, rege-se segundo os princípios da Convenção da UNESCO que a seguir apresentamos:
PCI-Associação Portuguesa para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial!
No passado dia 28 de Julho, na Sociedade de Geografia de Lisboa, ocorreu a Assembleia Geral Inaugural da recente constituída Associação, momento em que os sócios fundadores elegeram os repectivos Corpos Sociais
Sob a Presidência do Prof. Doutor Luis Marques, com a criação desta Associação esperamos que o nosso propósito seja levado a bom termo e que possamos contribuir para a valorização de um Património riquíssimo, quantas vezes escondido e subestimado!
A PCI, rege-se segundo os princípios da Convenção da UNESCO que a seguir apresentamos:
Património Cultural Imaterial
Património Oral e Imaterial da HumanidadeApós a adopção da Convenção para a Protecção do Património Mundial, Cultural e Natural, em 1972, alguns Estados-membros manifestaram interesse em ver criado um instrumento de protecção do património imaterial. Assim, a UNESCO viria a adoptar, em 1989, a Recomendação para a Salvaguarda da Cultura Tradicional e do Folclore. Na sequência desta Recomendação, a UNESCO lançou um conjunto de iniciativas dentro deste âmbito: Tesouros Humanos Vivos; Línguas em Perigo no Mundo;Música Tradicional.Em 1999, o Conselho Executivo da Organização decidiu criar uma distinção internacional intitulada "Proclamação das Obras Primas do Património Oral e Imaterial da Humanidade", para distinguir os exemplos mais notáveis de espaços culturais ou formas de expressão popular e tradicional tais como as línguas, a literatura oral, a música, a dança, os jogos, a mitologia, rituais, costumes, artesanato, arquitectura e outras artes, bem como formas tradicionais de comunicação e informação. Foram realizadas três edições de Proclamações em 2001, 2003 e 2005. A Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial aprovada em Outubro de 2003 entrou em vigor a 20 de Abril de 2006. três meses após a data do depósito junto do Director Geral da UNESCO do 30º instrumento de ratificação, aceitação, aprovação ou adesão. A Convenção de 2003 tem por objectivos: a) A salvaguarda do património cultural imaterial; b) O respeito pelo património cultural imaterial das comunidades, dos grupos e dos indivíduos em causa; c) A sensibilização, a nível local, nacional e internacional, para a importância do património cultural imaterial e do seu reconhecimento mútuo; d) A cooperação e o auxílio internacionais, no quadro de um mundo cada vez mais globalizado, que ameaça uniformizar as culturas do mundo aumentando simultaneamente as desigualdades sociais. Para efeitos desta Convenção, considera-se património cultural imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e aptidões – bem como os instrumentos, objectos, artefactos e espaços culturais que lhes estão associados – que as comunidades, os grupos e, sendo o caso, os indivíduos reconheçam como fazendo parte integrante do seu património cultural. O património cultural imaterial manifesta-se nos seguintes domínios: a) Tradições e expressões orais, incluindo a língua como vector do património cultural imaterial; b) Artes do espectáculo; c) Práticas sociais, rituais e eventos festivos; d) Conhecimentos e práticas relacionados com a natureza; e) Aptidões ligadas ao artesanato tradicional. Portugal ratificará brevemente a Convenção. Tendo em vista a preparação da sua entrada em vigor em Portugal, a Comissão Nacional da UNESCO irá reunir um Grupo de Trabalho composto por especialistas, que terá por missão preparar a constituição do/s inventário/s, elaborar a Lista Indicativa de Obras Primas e organizar as demais acções institucionais impostas pela Convenção. Portugal ratificou a Convenção no dia 26 de Março de 2008 Consulte o website da Convenção |
Thursday, July 05, 2012
Poema de meu pai
Feliz por ser eu sem ter sido
Da vida não quero a ilusão do amor
Eu quero ser livre, não ter mais paixões
Fugir ao enleio das vãs emoções
que dão o prazer embutido na dor
Eu quero somente o suave calor
das longas conversas dos velhos serões
E quero ser velho sem ter mais paixões
sentir no silêncio as vozes que eu for...
Assim, procurando sentir-me não ser
eu fico esperando sem tempo medido
perder-me num 'spaço vazio a crescer
já fora dum mundo p'ra mim já perdido
eu sinto a leveza de tudo perder,
feliz afinal por ser eu sem ter sido
Rocha Páris (Mário) s/d
Lisboa
Nota: Autoria de Mário da Rocha Páris e Vasconcelos Lopes Moreira
Reservados os direitos de autor
Proibição de reprodução em todo ou em parte do poema sob pena de acção judicial adequada
Feliz por ser eu sem ter sido
Da vida não quero a ilusão do amor
Eu quero ser livre, não ter mais paixões
Fugir ao enleio das vãs emoções
que dão o prazer embutido na dor
Eu quero somente o suave calor
das longas conversas dos velhos serões
E quero ser velho sem ter mais paixões
sentir no silêncio as vozes que eu for...
Assim, procurando sentir-me não ser
eu fico esperando sem tempo medido
perder-me num 'spaço vazio a crescer
já fora dum mundo p'ra mim já perdido
eu sinto a leveza de tudo perder,
feliz afinal por ser eu sem ter sido
Rocha Páris (Mário) s/d
Lisboa
Nota: Autoria de Mário da Rocha Páris e Vasconcelos Lopes Moreira
Reservados os direitos de autor
Proibição de reprodução em todo ou em parte do poema sob pena de acção judicial adequada
Wednesday, May 09, 2012
Tuesday, May 08, 2012
As Festas da Senhora da Agonia em Viana do Castelo
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=CUGiXX3N4jg
Wednesday, February 29, 2012
Dossier: Directores dos Museus: opinião de João Neto, presidente da APOM
Dossier: Directores dos Museus: opinião de João Neto, presidente da APOM: O pporto perguntou a alguns profissionais de museus e professores do sector, o que pensam sobre este tema,
Monday, February 27, 2012
Património Cultural Imaterial
Sinfonia Imaterial
Publicado em 27/02/2012 por Ana Carvalho
© INATEL
Na passada sexta-feira, dia 24 de fev (2012)., o filme Sinfonia Imaterial (de Tiago Pereira), que se encontra em digressão desde 2011, foi apresentado no contexto da Pós-Graduação de Património Cultural Imaterial da Universidade Lusófona (Ler mais sobre o curso aqui).
Para além das emoções que o filme suscita dá-nos a conhecer a imensa diversidade do nosso património, que se revela em muitos casos surpreendente. Não pretendendo um levantamento exaustivo de todo o património oral e musical, o filme permite perceber que este é um campo de infinita descoberta e que questiona muitas ideias preconcebidas sobre o nosso património. Por outro lado, o filme deixa transparecer que em muitos casos as ligações dos jovens às tradições ainda prevalece, contrariando a ideia generalizada de uma ruptura entre a tradição e a modernidade. As recolhas realizadas no âmbito deste filme deixam um lastro de curiosidade, uma espécie de convite a conhecer um Portugal claramente diverso e que não está valorizado. Para além disso, o filme parece confirmar também a ideia de que o Património Cultural Imaterial é de facto uma fonte de inspiração para a construção do presente e de novas identidades num mundo em transformação.
Sobre o filme:
“Um registo das práticas musicais de tradição oral portuguesa, que estão vivas e que prevalecem nas várias regiões de Portugal continental e ilhas; os ritmos mais raros e relevantes, o desempenho das vozes e talentos amadores num concerto único.”
“Sem voz-off ou entrevistas, o filme documenta o património oral e musical, recolhendo as práticas existentes de norte a sul do país incluindo ilhas, descobrindo a riqueza rítmica de cada paisagem sonora e explorando a ideia de um Portugal culturalmente diversificado.”
O filme foi encomendado pela Fundação INATEL (ONG reconhecida pela UNESCO como perita no âmbito da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial).
Livro: Os Museus e o Património Cultural Imaterial
Livro: Os Museus e o Património Cultural Imaterial
Posted on 13/02/2012
Lançamento de livros, congresso Local Vocabularies of “heritage”
Universidade de Évora, 9 Fev. 2012
© Ana Carvalho
No passado dia 9 de fevereiro foi apresentado o livro “Os Museus e o Património Cultural Imaterial: Estratégias para o Desenvolvimento de Boas Práticas”, que acaba de ser publicado pela Universidade de Évora (CIDEHUS), através das Edições Colibri. O lançamento teve lugar na Universidade de Évora no âmbito do congresso internacional Local Vocabularies of “Heritage”. A apresentação coube a Filipe Themudo Barata e a Ana Carvalho, autora do livro.
TRADIÇÕES LIGADAS AO CARNAVAL As cegadas e o «enterro do chouriço»
O «enterro do chouriço»
A seguir ao Carnaval, na 4ª feira de cinzas, cumpre-se a tradição do Enterro do Chouriço.
No Concelho de Loures, à semelhança de outras regiões, o Carnaval tradicional era marcado pelas cegadas, danças e o «Enterro do Entrudo», «Enterro do Bacalhau» ou, como no caso de Vila de Rei (ver imagens)o «Enterro do Chouriço».
Hoje em dia, em várias freguesias do Concelho ainda se cumpre a tradição, quer no que diz respeito às cegadas e ao Carnaval, quer no que diz respeito ao Enterro do Chouriço. Tal é o caso das localidades da Bemposta, com a celebração de cegadas e Vila de Rei, com o «Enterro do Chouriço».
Manda a tradição que, no ultimo caso, os homens saiam à rua vestidos de mulher para carpir a morte do «chouriço». As personagens femininas representam a esposa, a filha e restantes parentes e amigas mais próximas do «defunto». Há também a figura do sacristão, do prior e do coveiro, e todos vão cantando uma lengalenga a propósito do defunto, e gritando impropérios de cariz brejeiro à medida que o cortejo fúnebre vai andando pelas ruas da localidade, pela noite dentro. Outra das tradições ligadas ao Carnaval é «deitar as pulhas», que consistia em subir a uma colina perto de uma localidade, à noite, ou ao alto de um moinho velho e gritar indiscrições, em forma de verso, a respeito de raparigas solteiras ou maledicências a respeito de algum vizinho. Estas pulhas eram acompanhadas pelo toque de um búzio ou um corno de boi, de modo a ouvirem-se bem à distância, estando os «acusadores» bem encobertos pela noite.
No dia do enterro do Entrudo (4.ª Feira de Cinzas), fica-se a velar o “morto” durante todo o dia e à noite faz-se o enterro. O morto, um boneco em palha, é colocado dentro de uma «urna» e ficam ali uns quantos sujeitos vestidos de preto, que vão gritando como se fossem seus familiares. No final do cortejo, o boneco é queimado. Tudo isto é acompanhado de gargalhadas e piadas geralmente de cariz erótico. É costume também a apresentação de uma representação teatral relatando os últimos dias de vida do «defunto»,com a leitura do seu «Testamento».
Como refere Ernesto Veiga de Oliveira “ (…) No Sul de um modo geral temos notícia, em relação a vários lugares – Sesimbra, Ourique, Odemira, etc. – das “paródias” ou “cegadas” de Carnaval, que por vezes figuram acontecimentos cómicos ocorridos a alguém durante o ano, e servem de pretexto para os participantes proclamarem a respeito de todas as pessoas aquilo que não se quer que se diga. (…) “
As Cegadas, tal como as “pulhas” ou os “testamentos” são uma das muitas formas de crítica social, que revelam o sentido satírico e humorístico do nosso povo, num cenário de celebração cíclica, bem característica entre nós – O Carnaval.
As Cegadas em Loures, cujas origens se perdem na memória dos mais idosos, são ainda hoje motivo de convívio e de festa da população mais rural do Concelho. Em regra as Cegadas, constituem «peças teatrais» com um carácter predominantemente brejeiro, exibidas em colectividades locais e são representadas por grupos constituídos por quatro a seis elementos (tradicionalmente todos homens) durando não mais que uma hora.
Os textos, que tanto podem abordar temas locais, como de âmbito mais geral, são normalmente encomendados a pessoas de fora do grupo, ou da localidade ou fora dela, que têm por hábito escrever cegadas, no entanto, por vezes são também feitos por pessoas do próprio grupo.
A característica mais importante da cegada é o facto de ser uma oportunidade para, estando disfarçado dos pés à cabeça, «gozar» com personalidades da vida pública que normalmente se respeitam, pregar partidas e até mesmo criticar o governo ou os governantes.
Por isso, nos anos 60 do século XX, o nosso governo proibiu as cegadas (por causa das críticas políticas, que na altura não se podiam fazer). Este foi o tempo das «grandes cegadas», porque, justamente por serem proibidas, levou a que a tradição reacendesse!
A origem das cegadas
Existiram vários tipos de cegadas, não existindo uma data rigorosa para o seu aparecimento. Podemos no entanto apontar para a década de 1880 o aparecimento dos espectáculos de rua em Lisboa, cantados em tom maior; o fado corrido. Nessa altura, as Cegadas não eram mais que críticas cantadas em verso, dos costumes burgueses e das lutas políticas da altura. Nelas participavam sempre 4 homens, que encarnavam personagens fixos: A mulher do lupanar (prostituta de bordel), cantadeira e mulher de vida fácil, conhecedora dos segredos íntimos dos clientes da burguesia e da política, o Janota (ou pagantes), caloteiro que só pagava quando a sua «protectora» o financiava e lhe pagava as dívidas por medo do escândalo e da exposição social, o polícia, ignorante buçal que tanto mantinha a ordem como a provocava conforme o dinheiro que lhe dessem e finalmente o Galego, figura tão típica da cidade de Lisboa durante décadas. Foram muitos os galegos que emigraram para a nossa capital, fazendo todo o tipo de trabalhos que todos rejeitavam. Muitos conseguiram «subir na vida» e estabeleceram-se na cidade, onde ainda hoje existem muitos cafés e restaurantes que derivaram de carvoarias e tabernas desses galegos estabelecidos que conseguiram ter sucesso na vida. Durante os três dias do Entrudo, estas personagens actuavam nas ruas de Lisboa e os mais afortunados assistiam de «bancada», das suas janelas a essas fadistices. Como nem sempre o repertório era do agrado do auditório e havia sempre alguém que se ofendia, geralmente acabava em pancadaria! No final, os quatro «actores» diziam a frase: «Cinco reis, dez reis, tudo é dinheiro». Com o tempo, talvez pela constante violência com que inevitavelmente estas cegadas acabavam, muitas vezes com carga policial, ou porque o fado entretanto se tornou mais polido, as cegadas foram adquirindo um carácter mais dramático e passaram a contar situações histórias em tom menor. Serviam de tema; o drama de D. Inês, o regresso por entre o nevoeiro de D. Sebastião e o exílio de Camões.
Quando a República passou a ter os seus adeptos Marx e Lenine passaram a ser lidos e as cegadas adquiriram uma conotação fortemente política, servindo também de campanha para a sensibilização da opinião pública para a queda da Monarquia. O Fado serviu, uns anos antes da queda da Monarquia em 1910, como canção revolucionária. A atestar esta afirmação, João Black, socialista republicano que começou a cantar em 1893, deslocava-se várias vezes ao Alentejo para cantar os seus versos alexandrinos políticos, aos quais ele chamava «canções ao domicílio»! Faz lembrar as campanhas políticas
As cegadas eram a maior diversão popular nos finais do séc. XIX e até meados de 1926 constituíram a diversão de rua máxima da gente humilde.
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